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Tartarugas marinhas são atacadas por cães no litoral de Sergipe

03/11/2020 - Neste ano, já foram registrados mais de 15 fêmeas atacadas por cães durante o processo reprodutivo ↓

A vida das tartarugas marinhas já é difícil por natureza. Sabemos da existência de diversos predadores naturais e que não possuem cuidado parental, sendo que apenas 1 ou 2 em cada mil filhotes chegam na fase adulta. Nessa fase inicial de vida, as tartaruguinhas desempenham importante papel ecológico para o ecossistema marinho, servindo de alimento para outros animais.

O que realmente preocupa os pesquisadores da Fundação Projeto TAMAR são as ameaças causadas por ações antrópicas, como por exemplo, o desenvolvimento costeiro desordenado, a poluição dos oceanos, o trânsito de veículos nas praias, as capturas por interação com atividades de pesca, dentre outras.

Uma ameaça pouco falada e que tem chamado atenção nos estados de Sergipe e Bahia são tartarugas atacadas por cães domésticos abandonados ou em situação de maus tratos nas praias. Quando as tartarugas marinhas sobem às praias para desovar, ficam vulneráveis e é neste momento que os ataques acontecem. As lesões causadas pelas mordidas costumam ocorrer na região das nadadeiras e pescoço, onde o tecido é mais mole/frágil, com isso ocorre muita perda de sangue e os animais acabam morrendo por hemorragia e outras complicações. Além das fêmeas, os ninhos também são depredados esses animais.

Neste ano, já foram registradas pela Visão Ambiental Consultoria, executora do Projeto de Monitoramento de Praias de Bacia Sergipe-Alagoas/PMP-SEAL e parceira da Fundação Projeto TAMAR, mais de 15 fêmeas atacadas por cães durante o processo reprodutivo no estado de Sergipe. Somente em Aracaju, no período compreendido entre 17 de julho e 14 de agosto, foram registradas oito tartarugas mortas por cães. O registro é realizado através do Sistema de Informação de Monitoramento da Biota Aquática - SIMBA, sistema desenvolvido pela PETROBRAS S.A. para acompanhamento das atividades de monitoramento de praias.

No registro da última tartaruga atacada por cães, no dia 14 de agosto, por iniciativa do engenheiro ambiental Adélio Travaglia Francato, que atuou na Fundação Projeto Tamar com passagem por algumas bases de pesquisa e possui experiência no manejo de ninhos de tartarugas marinhas, atualmente coordenador de monitoramento do PMP-SEAL, juntamente com a equipe da Visão Ambiental, durante a necropsia, 105 ovos presentes no oviduto da fêmea morta foram coletados e transferidos para uma estrutura improvisada feita com pneus e areia da praia, construída no Centro de Reabilitação e Despetrolização da Visão Ambiental.  O ninho artificial foi acompanhado durante 53 dias. Após esse período, foram observados os primeiros sinais de eclosão dos ovos, e o que antes parecia sonho, tornou-se realidade: o nascimento de 55 filhotes, que posteriormente foram encaminhados para o mar, em local próximo ao que a fêmea havia escolhido para fazer o ninho e foi interrompida.



Iniciativas como a de Adélio favorecem a conservação e a sobrevivência das tartarugas marinhas, que são parte dos objetivos da Fundação Projeto TAMAR para a recuperação das populações de tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea) e das demais espécies que ocorrem no Brasil.



O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia Sergipe-Alagoas, que abrange os trechos de praias localizadas entre o Pontal do Peba, Piaçabuçu- AL, todo o estado de Sergipe até a Barra do Itariri, Conde- BA, é condicionante do licenciamento ambiental federal, conduzido pelo IBAMA, das atividades de exploração e produção (E&P) de petróleo e gás natural offshore da PETROBRAS nas Bacias de Santos, de Campos, do Espírito Santo, de Sergipe-Alagoas e Potiguar.

 

Tartaruga Tartaruga-oliva

FUNDAÇÃO PROJETO TAMAR FLORIANÓPOLIS - SC

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