Tamar e Archie Carr Center fazem parceria para novas pesquisas no Brasil

14/11/2013 - Pesquisadores avaliaram oportunidades para ampliaÃ§Ã£o do conhecimento sobre populaÃ§Ãµes de tartarugas cabeÃ§udas e verdes. ↓

CabeÃ§uda volta ao mar apÃ³s desovar

Pesquisadores do Projeto Tamar e do Archie Carr Center for SeaTurtle Research (ACCSTR), um dos maiores centros de pesquisa de tartarugas marinhas no mundo, se reuniram no final de novembro/2013 para direcionar novos estudos sobre o tema no Brasil. Foram discutidas propostas de colaboração para a ampliação do conhecimento sobre as diferentes fases do ciclo de vida desses animais no Atlântico Sul Ocidental.

A coordenadora de pesquisa e conservação do Tamar, Neca Marcovaldi, conta que foi dada especial atenção a possível inter-conectividade entre diferentes populações de tartarugas cabeçudas (Caretta caretta) dos Oceanos Atlântico Sul, Indo-Pacífico. Estudos genéticos de 2004 em cabeçudas juvenis capturadas incidentalmente pela pesca de espinhel identificaram o uso comum da área da Elevação do Rio Grande e talude por animais com características semelhantes aos de Omã, do leste da África e do Brasil. "Uma vez confirmado se esses animais estão realmente circulando por esses 2 oceanos, facilitará propostas de cooperação entre os países para a conservação. A área é bastante utilizada pela pesca de espinhel de frotas de vários países, o que pode ser preocupante para a sobrevivência dessa espécie".

Outros estudos previstos para 2014 também foram discutidos, como a análise de crescimento e sobrevivência de tartarugas verdes (Chelonia mydas) que frequentam a costa brasileira. A pesquisa terá como base dados de encalhes e registros de capturas incidentais nas pescarias de cerco (Ubatuba/SP), curral (Almofala/CE), além de estudos de captura e recaptura na Pedra da Tartaruga (Praia do Forte/BA).

Os professores da Universidade da Flórida e diretores do ACCSTR, Dra. Karen A. Bjorndal e Dr. Alan B. Bolten, além do encontro de parceria para os estudos, visitaram o Tamar na Praia do Forte, puderam ver as tartarugas e a alimentação dos tubarões que nasceram recentemente no tanque.